Cinzeiro

Fura a a fúria e fica

fingindo

fantasia o que é fatal

velha arapuca do sentimento

você já esteve lá

labirinto do cíclico coração maldito

saiu e olhou o céu

respirou, raciocinou, relaxou

mas era ilusão

miragem tola da arrogância

e continua preso

Não há como escapar

As cinzas repousam inertes

não são nada

apenas lembranças amargas de um cigarro ido

consumido pela primeira chama

o tabaco se faz fumaça

e fascina

inebria a seu modo todo seu

traz uma falsa sensação de bem estar

e por fim vira cinza

como a ilusão
Aprecie a dor da desilusão rasgando sua garganta
este dilacerar não permite escolhas

incríveis fragilidades humanas

inocentes fragilidades humanas

há apenas  cinzas de bem-quereres

pousadas ao léu no cinzeiro das vaidades

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